Sombra no armazém
Com mãos trêmulas, Gracie encontrou o depósito certo e inseriu a chave na fechadura. O clique ecoou alto no silêncio, seguido de um ranger estridente quando ela empurrou a porta pesada. Assim que entrou, uma sombra cruzou a parede à sua esquerda. O susto fez com que ela recuasse, o corpo pressionado contra o metal gelado da porta. Por um momento, ficou imóvel, o coração acelerado e a respiração presa. Esperou ouvir passos, um som qualquer que confirmasse o que vira — mas nada aconteceu. Apenas o silêncio. “Deve ser a minha imaginação”, sussurrou para si mesma, tentando ignorar o arrepio que percorria a sua nuca.

Sombra No Armazém
Pertences desaparecidos
Recuperando a compostura, Gracie respirou fundo e acendeu as luzes. O depósito ganhou vida sob o brilho amarelado das lâmpadas, revelando fileiras de prateleiras repletas de caixas cuidadosamente etiquetadas. Aproximou-se da mesa no canto e consultou o livro de registos, procurando pelo nome do homem desconhecido — ou qualquer referência a ele. Nada. Nenhuma caixa, nenhum número, nenhuma entrada. A enfermeira franziu o cenho, sentindo a frustração crescer. Os pertences do paciente deveriam estar ali, mas tinham simplesmente desaparecido. As possibilidades cruzaram a sua mente rapidamente: erro administrativo, roubo, ou algo mais sinistro. Uma coisa era certa — aquilo não era o fim. Gracie sabia que tinha acabado de abrir a porta para um mistério ainda maior.

Pertences Desaparecidos

